quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Recordações da infância e os Points que faziam a cabeça em Rio Preto!

Opa! E aí pessoal, tudo beleza?Até tentei postar algo antes do prazo trimestral mas não rolou. Tive algumas idéias que não chegaram a ser escritas e se foram com o vento (quando ainda ventava em Rio Preto), tive outras que chegaram a virar rascunho mas não passaram disto, e no final das contas cheguei a seguinte conclusão: eu apenas escrevia os posts, mas as idéias e os textos eram do meu amigo Jack (o Daniel's). Mas vejam só, hoje estou escrevendo e tomando um capuccino. A trilha sonora de hoje, coincidentemente, é a mesma do post passado, Moda de Rock - Viola Extrema, de Ricardo Vignini e Zé Helder. E tudo isto porquê? Porque o assunto hoje são recordações.
Há algum tempo venho pensando em escrever sobre minha cidade, algumas recordações que tenho da infância, da adolescência, e hoje, conversando com uma amiga no ônibus, voltando de Mirassol, tocamos neste assunto. Nosso assunto foi sobre as mudanças que ocorreram e, infelizmente, foram para pior. Falávamos sobre a ideia do nosso atual prefeito de transformar a Praça Cívica em um novo terminal rodoviário e eu me lembrei do quanto brinquei naquela praça, onde meu pai me levava à noite para correr, ver os peixes (pasmem, havia peixes na piscina da fontes), me esconder em meio às estátuas de um monumento que nem existe mais. E aí, falando de praça, me lembrei da pracinha que fica na avenida Alberto Andaló, próxima ao Mc Donalds, onde hoje, existe um ponto de ônibus, existia uma pequena "mina" de água potável onde as famílias iam buscar água e levar as crianças para brincar. Descia-se uma pequena escadaria para chegar às torneiras. Alguém se lembra?
Vivi minha infância morando, praticamente, no centro de Rio Preto. A casa onde morei não existe mais, no lugar dela hoje fica o estacionamento do Pão de Açúcar, na rua General Glicério. Meu pai tinha uma oficina mecânica na rua Rubião Júnior, um pouco acima da avenida Bady Bassitt e meu falecido avô, pai do meu pai, era carroceiro e "fazia ponto" na esquina das ruas General Glicério e Saldanha Marinho, ao lado da Associação de Luto e próximo de casa.
Na minha adolescência, já morava um pouco mais longe. Morei no Parque Industrial (mesmo bairro onde moro hoje) e na Vila Itália (onde meus pais ainda moram). Só que naquela época, eu ia a todos os lugares a pé. E voltava a pé também. Às vezes com amigos, às vezes sozinho, e nunca fui assaltado. Nem tinha esta preocupação. Você deixaria seu filho fazer isto hoje? Pois é.
Fiz muito "foot" na ponte do shopping (aquela mesmo, em frente ao Rio Preto Shopping) quando ele foi inaugurado. Ao som da banda Barão Vermelho, pulei no terreno de terra batida que havia em frente ao SESC Rio Preto quando da sua inauguração. Atravessei inúmeras vezes a avenida Alberto Andaló de ponta a ponta nas noites de sábado. Já ouviu falar do Tropicália? Antes do Vila Baden, existiu o Babilônia, e antes do Babilônia, existiu o Tropicália, e lá tomei muito chopp com steinhaeger. Curti muitas bandas de rock no Cedros, um barzinho que nada mais era que uma casa, onde bandas tocavam na varanda, e ficava ao lado do Praça Zero. Quê? Praça Zero? Isto mesmo, existiu por algum tempo onde hoje é o Habib's. No Paloma, entrava-se e espremia-se até chegar ao bar, "dava uma banda" e voltava por onde entrou, saía e continuava andando. Oitenta por cento dos adolescentes que iam para a Andaló, iam só para andar, paquerar, beber (andando) e para isto tínhamos o Ritz, um barzinho de fundo, entre o Zero Grau e o Tropicália, onde comprávamos a cerveja. Os "punks" encontravam-se no Museu, um bar que tinha uma cadeira de barbeiro na calçada, perto do Automóvel Clube.
Para dançar, íamos na boate do Palestra aos domingos, na Champagne da rodovia (hoje a Mixed Club) ou na boate São Francisco, na avenida Murchid Honsi. Também na Murchid, tínhamos o Terapia Chopp, com sua famosa Taça Terapia, uma "taçona" com aproximadamente um litro e meio de chopp, que vinha dentro de um balde de gelo (e eu já virei uma destas inteira). Para curtir um bom rock'n roll, Olaria (próximo ao Aeroporto, hoje um estacionamento) e lá, meu amigo Stephano De Marco tocou muito com a banda Trilogia.
É, meus amigos, Rio Preto já foi uma cidade com diversidade de entretenimento de baixo custo, baixíssima criminalidade e muito divertimento. Com certeza esqueci muita coisa e por isso sintam-se a vontade para comentar o post, citar seus lugares preferidos e, caso sejam da mesma época que eu, confirmarem minhas palavras (ou desmenti-las).
Abraços e até daqui a três meses, ou antes!