domingo, 22 de dezembro de 2013

Tradicional post de fim de ano!

Fala galera... ou melhor, Leia galera, hehe! Acharam que eu perderia o prazo novamente né? Desta vez vocês erraram. Convenhamos, perder prazo de post trimestral é de "cair o cu da bunda". Mas, fazer o quê? Sou uma pessoa muito atarefada ("só que não").
Hoje é domingo, acordei às 6h40m com um carro colidindo contra a árvore da esquina de casa e não consegui mais dormir. Calma. Não houve vítimas, ou melhor, houve; a proprietária do carro que estava dormindo em casa e só ficou sabendo que seu "peguete" havia pego "escondido" o carro pra dar umas voltas, enchido a cara E a árvore, quando recebeu o telefonema da polícia. Sim, o "peguete" bateu o carro e "sumiu na braquiária" deixando o prejuízo pra ela.
Minha esposa e filho foram à casa do meu sogro para lavar o carro e eu fiquei em casa, sozinho, comendo pizza fria (que além de ser comida obrigatória para nerds internautas e blogueiros, é uma delícia) e com tempo livre para escrever.
Escrever sobre o quê? Férias, fim de ano e balanço geral de 2013.
Férias no fim de ano é uma beleza. Você não precisa se preocupar com trabalho na véspera do Natal e do Ano Novo, você junta a grana das férias com o décimo terceiro e se for viajar, consegue pegar o finalzinho da baixa temporada já com gostinho de alta. O problema é: você acredita nisso tudo e se endivida pro próximo ano inteiro, hehe!
Mas foi o que eu fiz e foda-se. "O que se leva desta vida, é a vida que se leva". Conseguimos conciliar nossas férias (eu, minha esposa e filho) e fomos dar um "rolé" no sul do Brasil - Floripa, a Ilha da Magia! Ficamos no Hotel SESC Cacupé que, aliás, está de parabéns! Ótimas acomodações, excelente buffet, uma estrutura impecável. A monitoria do Centro Multiuso também está de parabéns. Sempre com diversas atividades caso você resolva ficar no hotel ao invés de ir à praia. Praias. Como não poderia deixar de ser numa ilha, são os pontos fortes de Floripa. Desde praias quase desertas (Daniela), até praias "internacionais" (Jurerê). Praias de pescadores (Ponta de Canas), praias para surf (Joaquina) e até uma lagoa (da Conceição) para espotes náuticos. Linda cidade. Recomendo.
E 2013 está quase acabando. Como já dizia Humberto Gessinger, "problemas sempre existiram e sempre existirão". Tirando o que tá ruim, o resto tá ótimo. Não tenho do que reclamar não. No trabalho as coisas andam meio atrapalhadas e desorganizadas, mas tá tudo bem. Houve alguns "perrengues" durante este ano que devem atrapalhar as coisas ainda em 2014, mas vamos nos ajeitando. Alguns colegas se deram muito bem enquanto outros se deram muito mal. Eu? Tô bem, obrigado.
Em casa está tudo bem. Todos saudáveis, felizes e em sintonia.
Meu grande amigo Jonathan Markert escreveu certa vez em seu blog sobre a importância de se fazer planos para o novo ano que se inicia, mas não sou do tipo que consegue cumprir metas (e olha que sou bancário! hehe), por isso prefiro apenas desejar. Desejo, primeiramente a mim, que consiga manter tudo em perfeita ordem. Minha saúde (física, mental e financeira), minha família e meu trabalho (fonte de minha qualidade de vida). Depois, desejo à todos um novo ano harmonioso, cheio de paz e saúde e, principalmente, sem preguiça (porque dinheiro não cai do céu).

Um feliz Natal e próspero Ano Novo!

A trilha sonora de hoje é dedicada ao meu irmão Cleber. Bad Religion - The Dissent Of Man. Décimo quinto álbum de estúdio da banda de punk rock, lançado em 28 de setembro de 2010, pela Epitaph Records.
Abraços. Até 2014...              Fui!

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Como Darwin azedou o molho dos bancários

Buongiorno. Faz tempo né? Eu sei. Disse que escreveria a cada três meses e não cumpri. Na verdade... cumpri sim, é que também estou escrevendo em outro blog, o Gameboarder eXperience. Lá posto fotos de boardgames e jogatinas, além de escrever um pouco também, o que me deixa menos tempo para escrever aqui já que como todos sabem, minha frequência não é lá essas coisas.
Mas vamos lá. Estamos novamente em período de greve. A "Greve dos Bancários" está em cartaz novamente fazendo sua turnê nacional anual. Sim... é sarcasmo o que você leu. A greve dos bancários se tornou uma peça teatral onde somos atores mal remunerados seguindo um "script" escrito pelo sindicato dos bancários e aprovado pela federação brasileira des bancos, a Febraban. "Como assim?" você me pergunta. E eu te respondo: o sindicato precisa "lutar" pelos direitos dos bancários, certo? Se ele nada fizer, ninguém vai se filiar a ele e sozinho ele não se sustenta. Mas eles também não querem desagradar os poderosos. Então, todo ano, o sindicato faz suas exigências, a Febraban faz sua oferta (bem abaixo do solicitado), o sindicato mobiliza os bancários a fazerem greve (isso repercute na mídia e no boca a boca a favor do sindicato, afinal, ele está mostrando serviço), os bancários "abraçam" a causa e entram em greve, passa-se uma semana ou duas e a Febraban faz uma nova proposta aumentando um pouco com relação à primeira (mas ainda abaixo do solicitado), o sindicato faz uma assembléia e propõe aceitar a proposta e voltar ao trabalho e os bancários voltam à sua rotina normal com a sensação de vitória e um nariz de palhaço.
E é aí que entra Darwin. Todos que estudaram biologia nas escolas (e até alguns que não estudaram) já ouviram falar da Teoria da Evolução das Espécies de Charles Darwin. Publicado em 1859, "A Origem das Espécies" gera conflito até hoje com religiosos mais fanáticos. Esta teoria diz que "todos os seres vivos descendem de um ancestral comum e suas espécies surgiram por lenta acumulação de diferenças que, sendo favoráveis à sobrevivência e à reprodução do organismo, permanecem nas gerações seguintes", isto é, sobrevivem aqueles que melhor de adaptam ao meio em que vivem. E isto acontece também com empresas. As que melhor se adaptam ao mercado, se expandem e lucram.
Os bancos privados, na sua grande maioria, mantêm seu controle sobre os funcionários na base da "chibata". A simples menção sobre demissões no período que antecede a greve é suficiente para inibir grandes manifestações por parte de seus contratados. Já nos bancos públicos (os que ainda existem), uma demissão não é algo tão simples. Desta forma, estes bancos também evoluíram, a ponto de apoiarem a greve. "Hã?!", "Mas os bancos não perdem dinheiro com a greve?!". Não. Primeiro: um dos grandes objetivos do banco, é fazer com que seus clientes usem os meios alternativos de atendimento (Autoatendimento, correspondentes bancários, internet). A greve faz isso para eles. Segundo: com as portas fechadas ao público, seus funcionários comissionados (gerentes e assistentes), que não entram em greve por medo de perderem seus cargos e comissões, permanecem livres, dentro das agências, para poderem contatar os clientes potenciais (por telefone) e venderem produtos e concederem créditos. E com isso, os bancos lucram com a greve. Como o sindicato fez a parte dele, eles também lucram com a greve. "E quem perde então?!" você pergunta. Os bancários, que terminam com um aumento menor do que teriam direito, várias exigências não atendidas e ainda tendo que "pagar" as horas não trabalhadas em decorrência da greve na forma de horas extras não remuneradas.
Por este motivo, deixei a "militância" pra lá. Não nasci pra ser ator mambembe. "Mas você acha justo receber o aumento que seus colegas estão lutando para conseguir?!". Leia o texto outra vez, talvez você não tenha entendido nada do que leu.

A trilha sonora deste post foram os álbuns do Ghost. "Ah! Aquele filme com a Demi Moore e o Patrick Swayze?". Não! Aquela banda "macabra" que tocou no Rock in Rio na chamada "primeira noite do Metal". De origem escandinava, o Ghost segue a escola de Alice Cooper, King Diamond e de vários nomes clássicos do rock e do metal e foram responsáveis por uma das performances mais técnicas e teatrais do festival. Seus álbuns Opus Eponymous (2010) e Infestissumam (2013) podem ser baixados no 4shared.

Até a próxima... e não esqueçam: não é porque os bancos estão fechados que vocês podem deixar de pagar suas contas, :P




sábado, 11 de maio de 2013

Uma história sobre Monstros e Jogatinas.

Ops! E aí? Tudo bem? Já passaram três meses? O que? Cinco? Tem certeza? Putz... desculpa aí! Lembra do post passado, quando disse que acho que o tempo está me pregando uma peça? Pois é. Ele passou e eu nem vi. Sempre penso em coisas que eu poderia sentar e digitar no blog, mas sempre acho algo mais urgente, ou importante, ou fácil pra fazer e piso na bola com a Kasinha de Sapo. Ok, vamos deixar de lenga-lenga e papear.
O "lance" agora são jogos. Sempre gostei. Quando criança, ao contrário do "João de Santo Cristo", eu não "pensava em ser bandido". Quando criança eu já gostava de jogos. Ludo, damas, xadrez chinês, pega varetas, Banco Imobiliário, War, Jogo da Vida, Cai-não-cai, Pinote, Pula Pirata... e por aí vai. Os jogos de cartas também estavam lá: Rouba monte, jogo do mico, super trunfo... Depois da adolescência, quando me afastei de certa forma deste hobby, vim a conhecer outros jogos. Graças ao meu amigo Felipe Pacca e o Clubi dos Monstro (do qual tenho a honra de fazer parte) que organizavam eventos sobre RPG no SESC Rio Preto, pude conhecer o RPG e os "Card Games". É agora que você pergunta: RPG não é aquela "coisa" pra endireitar a coluna? E eu te respondo: também! Mas não neste caso. Estou falando de Role Playing Game, ou algo como Jogo de Interpretação de Papéis. Ah! Aquele jogo que mata as pessoas, que mexe com rituais macabros? NÃO!!! Nenhum jogo mata pessoas, quer dizer, tem os Jogos Mortais 1, 2, 27... mas não é de cinema que estamos falando. No RPG vivenciamos uma história contada por um dos jogadores, denominado Mestre, DM (de Dungeon Master) ou simplesmente Narrador. Os demais jogadores representam um personagem nesta história, que pode ser uma Fantasia Medieval, um cenário Futurista, um trailer de Terror, um contexto Histórico, etc. Não existe limites para a imaginação.
Meu primeiro interesse foram os Card Games. Jogos de cartas colecionáveis com temas variados. Comecei jogando Pókemon TCG (Trading Card Game) e isso me valeu o apelido Pokeboy, pois ao integrar em uma campanha de RPG narrada pelo Mestre Ioda, este nunca lembrava meu nome, e a única coisa que ele sabia ao meu respeito era que eu jogava Pokémon, então... até hoje a galera me conhece como Poke.
A partir daí vieram outros cards como Warlord, Senhor dos Anéis, Legend of the Five Rings, entre outros. A brincadeira começou a ficar mais séria e aí vieram os Mage Knights. Jogo de estratégia com miniaturas de guerreiros e magos onde o objetivo é formar um pequeno exército e derrotar seu adversário em um "campo de batalha". O MK trouxe uma inovação nos jogos de miniaturas: o Disco de Combate. Uma base giratória que lista os principais atributos do personagem (movimento, ataque, defesa, dano) e que a cada "click" dado nela, os valores se alteram.Com esta inovação vieram também os Hero Clicks (com heróis da Marvel e depois da DC) e os Mech Warriors (robôs de combate).
As "jogatinas" diminuíram. O Clubi dos Monstro, principal responsável pelos eventos, foi se separando com as obrigações de cada um. Uns mudaram de cidade, outros de estado e um até de país. a Trug Jumpou, única livraria especializada em RPG, Card Games e jogos de estratégia de Rio Preto e ponto de encontro da galera, fechou as portas. Mas as jogatinas não acabaram. Vários grupos continuaram se encontrando para jogar RPG, o pessoal do Magic The Gathering, nunca abandonou o hobby e os Monstros que ficaram ainda se encontravam, agora para jogar Boardgames.
Sabe aqueles jogos de tabuleiro que existem há anos e que eu citei lá em cima, na minha infância? War, Banco Imobiliário, Detetive... então! Existe muito mais além deles. A industria brasileira nunca deu muita importância para este mercado. Até agora. Uma nova geração de jogadores estão se unindo aos "antigos" e revitalizando estas jogatinas, importando jogos norte americanos e europeus. Graças a uma nova modalidade de e-business, o financiamento coletivo, jogadores estão se tornando "game designers" e ótimos jogos estão sendo lançados de maneira independente, alcançando um público que estava carente. Vendo isto, algumas grandes indústrias estão começando a rever os conceitos e lançando jogos já conceituados "lá fora" aqui no Brasil. Como exemplo (e quase único por enquanto) a Grow lançou aqui o ótimo Colonizadores de Catan, o já conceituado Carcassone, e até deu uma "repaginada" no antigo War.
Como fico sabendo dessas novidades? você pergunta. Simples. Pesquise. No Facebook existem alguns grupos grandes sobre jogos, no Youtube há muitas resenhas e tutoriais sobre isso (Jogando Offline por exemplo), blogs especializados como o Cronologia Boardgame e muito, muito mais.
A trilha sonora de hoje, como não poderia deixar de ser, ficou a cargo dos Autoramas, com o álbum MTV Apresenta: Autoramas - Desplugado e também rolou o Acústico Detonautas Roque Club, do grande Tico Santa Cruz.
É isto aí... aventure-se no mundo dos Boardgames e... Alea Jacta Est.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Espelho, espelho meu... ou não era o meu?

Era uma vez... e assim começa mais uma postagem, mais um encontro, mais uma história. Dezembro chegou, e com ele mais um post trimestral. Ok, ok... eu sei que é preguiça, ou relaxo, mas eu não sou escritor, escrevo por hobby e talvez um dia, consiga escrever melhor e com maior facilidade. Mas voltando, era uma vez um espelho... e foi assim, através de um espelho, que um turbilhão de lembranças tomou, mais uma vez, conta dos meus pensamentos.
Estava voltando para casa um dia desses, quando ao olhar para uma casa simples, um ou dois cômodos apenas, junto a um bar há muitos anos fechado, vi um espelho, de aproximadamente vinte por vinte e cinco centímetros, fixado na parede, mais ou menos a meio metro acima do tanque de lavar roupas. Muita gente deve estranhar tal coisa, e ficar se perguntando o por quê dele estar ali. Pois eu explico, pois eu já tive este "espelhinho" sobre o tanque. Quem leu meu post anterior deve estar lembrado que morei no centro, onde hoje há apenas estacionamento. Pois bem. Nossa casa era bem simples: dois quartos, sala, copa, cozinha e banheiro. Mas o banheiro... era do lado de fora da casa, mais precisamente, uns dez metros distante da casa. Muito básico: vaso sanitário e chuveiro. Sem box e sem pia. Entenderam? Isso mesmo... usávamos o tanque para lavar as mãos, o rosto, escovar os dentes... e por isso, o espelho.
Imediatamente, senti saudades de um tempo em que tudo era mais simples. As memórias que tenho da minha casa da infância são nítidas, ainda vivas em minha mente e ao ver aquele espelho comecei a revê-las como a um filme. Festas de aniversário em casa, com decorações simples, esfirras, bolo e brigadeiro (pra que dez tipos de salgadinhos e oito tipos de docinhos?). Brincadeiras no quintal e fotografias que tinham que ser reveladas para montarmos nosso "albinho". Amigos que iam em casa para brincar, ou para comer goiaba em cima da goiabeira. Jogar manga verde para derrubar manga madura. Passar mal de tanto comer jabuticaba. Sim, tínhamos tudo isto no quintal. Vendi juju (gelinho, sacolé, chame aquele suquinho congelado num saquinho comprido como quiser)  em frente ao colégio e de volta pra casa. Tempos bons. Tempos que não voltam mais e que meu filho nunca terá. Os tempos são outros, e por isso, devo torná-los inesquecíveis pra ele também.
Mudando de assunto... mais um ano está acabando e estou a cada dia mais convencido de que o tempo está "nos pregando uma peça" (posso jurar que este ano foi mais curto que o ano passado). Hora de avaliar o que fizemos e fazer planos para o próximo ano (isto é, se o mundo não acabar). Apesar de curto, o ano foi bom. Mantive vários hábitos que adquiri durante minha reeducação alimentar; fui "arrancado" de minha zona de conforto no trabalho mais uma vez; fiz novos amigos (no trabalho e nas "jogatinas"); arrumei tempo para me dedicar mais à minha saúde; voltei a ler mais... mas... gostaria de ter visto mais meus amigos mais "antigos"; ter passado mais tempo com meu filho; com minha esposa; não que não tenha ficado com eles, mas acredito que este tempo poderia ter tido mais qualidade (preciso rever isto pra 2013).
É isto... a trilha sonora de hoje foi melancólica, propositalmente. Frank Sinatra, In The Wee Small Hours, de 1955. Lançado pouco depois de o romance entre Sinatra e Ava Gardner ter terminado, esse rompimento talvez tenha tornado este o melhor álbum de todos os tempos sobre o tema separação. O Sinatra do imaginário popular, aquele sujeito meio malandro, sempre com uma piada na ponta da língua, não aparece aqui - ele é um homem, apenas. E em seguida, Billie Holiday, Lady In Satin, de 1958. Ao desnudar standards como "You don't know what love is" e "Glad to be unhappy" até sobrar apenas a emoção, Holiday canaliza seu orgulho junkie para os blues mais sinceros já gravados. São canções-guia, diferentes de tudo que o jazz já havia cantado antes: o amor é pintado como loucura, desespero, resignação, com uma brutal honestidade. (comentários extraídos do livro 1001 Discos para ouvir antes de morrer, da editora Sextante).

Bem... se o mundo não acabar, um Feliz Natal a todos, boas festas de final de ano e comecemos 2013 especulando novas profecias apocalípticas! Abraços a todos...    fui!

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Recordações da infância e os Points que faziam a cabeça em Rio Preto!

Opa! E aí pessoal, tudo beleza?Até tentei postar algo antes do prazo trimestral mas não rolou. Tive algumas idéias que não chegaram a ser escritas e se foram com o vento (quando ainda ventava em Rio Preto), tive outras que chegaram a virar rascunho mas não passaram disto, e no final das contas cheguei a seguinte conclusão: eu apenas escrevia os posts, mas as idéias e os textos eram do meu amigo Jack (o Daniel's). Mas vejam só, hoje estou escrevendo e tomando um capuccino. A trilha sonora de hoje, coincidentemente, é a mesma do post passado, Moda de Rock - Viola Extrema, de Ricardo Vignini e Zé Helder. E tudo isto porquê? Porque o assunto hoje são recordações.
Há algum tempo venho pensando em escrever sobre minha cidade, algumas recordações que tenho da infância, da adolescência, e hoje, conversando com uma amiga no ônibus, voltando de Mirassol, tocamos neste assunto. Nosso assunto foi sobre as mudanças que ocorreram e, infelizmente, foram para pior. Falávamos sobre a ideia do nosso atual prefeito de transformar a Praça Cívica em um novo terminal rodoviário e eu me lembrei do quanto brinquei naquela praça, onde meu pai me levava à noite para correr, ver os peixes (pasmem, havia peixes na piscina da fontes), me esconder em meio às estátuas de um monumento que nem existe mais. E aí, falando de praça, me lembrei da pracinha que fica na avenida Alberto Andaló, próxima ao Mc Donalds, onde hoje, existe um ponto de ônibus, existia uma pequena "mina" de água potável onde as famílias iam buscar água e levar as crianças para brincar. Descia-se uma pequena escadaria para chegar às torneiras. Alguém se lembra?
Vivi minha infância morando, praticamente, no centro de Rio Preto. A casa onde morei não existe mais, no lugar dela hoje fica o estacionamento do Pão de Açúcar, na rua General Glicério. Meu pai tinha uma oficina mecânica na rua Rubião Júnior, um pouco acima da avenida Bady Bassitt e meu falecido avô, pai do meu pai, era carroceiro e "fazia ponto" na esquina das ruas General Glicério e Saldanha Marinho, ao lado da Associação de Luto e próximo de casa.
Na minha adolescência, já morava um pouco mais longe. Morei no Parque Industrial (mesmo bairro onde moro hoje) e na Vila Itália (onde meus pais ainda moram). Só que naquela época, eu ia a todos os lugares a pé. E voltava a pé também. Às vezes com amigos, às vezes sozinho, e nunca fui assaltado. Nem tinha esta preocupação. Você deixaria seu filho fazer isto hoje? Pois é.
Fiz muito "foot" na ponte do shopping (aquela mesmo, em frente ao Rio Preto Shopping) quando ele foi inaugurado. Ao som da banda Barão Vermelho, pulei no terreno de terra batida que havia em frente ao SESC Rio Preto quando da sua inauguração. Atravessei inúmeras vezes a avenida Alberto Andaló de ponta a ponta nas noites de sábado. Já ouviu falar do Tropicália? Antes do Vila Baden, existiu o Babilônia, e antes do Babilônia, existiu o Tropicália, e lá tomei muito chopp com steinhaeger. Curti muitas bandas de rock no Cedros, um barzinho que nada mais era que uma casa, onde bandas tocavam na varanda, e ficava ao lado do Praça Zero. Quê? Praça Zero? Isto mesmo, existiu por algum tempo onde hoje é o Habib's. No Paloma, entrava-se e espremia-se até chegar ao bar, "dava uma banda" e voltava por onde entrou, saía e continuava andando. Oitenta por cento dos adolescentes que iam para a Andaló, iam só para andar, paquerar, beber (andando) e para isto tínhamos o Ritz, um barzinho de fundo, entre o Zero Grau e o Tropicália, onde comprávamos a cerveja. Os "punks" encontravam-se no Museu, um bar que tinha uma cadeira de barbeiro na calçada, perto do Automóvel Clube.
Para dançar, íamos na boate do Palestra aos domingos, na Champagne da rodovia (hoje a Mixed Club) ou na boate São Francisco, na avenida Murchid Honsi. Também na Murchid, tínhamos o Terapia Chopp, com sua famosa Taça Terapia, uma "taçona" com aproximadamente um litro e meio de chopp, que vinha dentro de um balde de gelo (e eu já virei uma destas inteira). Para curtir um bom rock'n roll, Olaria (próximo ao Aeroporto, hoje um estacionamento) e lá, meu amigo Stephano De Marco tocou muito com a banda Trilogia.
É, meus amigos, Rio Preto já foi uma cidade com diversidade de entretenimento de baixo custo, baixíssima criminalidade e muito divertimento. Com certeza esqueci muita coisa e por isso sintam-se a vontade para comentar o post, citar seus lugares preferidos e, caso sejam da mesma época que eu, confirmarem minhas palavras (ou desmenti-las).
Abraços e até daqui a três meses, ou antes!

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Ócio criativo e fotografias ao som de viola caipira

Bom dia galera... comecei esta nova postagem pensando em ócio criativo. Por quê? vc pergunta, e eu respondo: hoje, 29 de junho, é dia de São Pedro (que na verdade chamava-se Simão, ou Simeão), fundador (junto com São Paulo) da igreja católica, primeiro bispo de Roma e padroeiro da cidade de Mirassol, onde trabalho. Entendeu? Hoje, onde trabalho, é feriado, mas eu não trabalho na cidade onde moro, portanto, minha esposa e meus amigos (não os do serviço) estão trabalhando, meu filho está na escola e eu estou sozinho em casa, sem ter o que fazer (mentira, poderia estar limpando a casa, passando roupa, etc...). E, por um momento pensei em exercer o ócio criativo, mas este primeiro impulso foi sobrepujado pela sua pior inimiga, a preguiça avassaladora.
Como resposta, resolvi escrever o blog (afinal de contas, o tornei trimestral e já fazem três meses que postei alguma coisa). Botei um cd para tocar (comento sobre ele no final), peguei uma caneca de chá de gengibre, cravo e canela gelado, adicionei um pouco de mel e uma dose de run e voltei ao computador.

<intervalo> (neste intervalo o chá acabou, fui à escola do meu filho vê-lo dançar com a turminha, fui ao shopping trocar o presente do meu irmão, comi um sanduba no SubWay, saí e tomei um capuccino da Doçura. Voltei pra casa e cochilei um pouco...) <fim do intervalo>


Mudando de assunto... novo hobby, fotografias. Comecei a "brincar de bater fotos" e gostei. Basicamente, vou a apresentações musicais todas as semanas no SESC Rio Preto e aproveito para bater fotos dos artistas. Criei uma série de fotos no Flickr chamada O Diabo mora nos detalhes, onde posto algumas destas fotos tiradas com um olhar mais objetivo. São detalhes dos instrumentos, do equipamento, um acorde, ou mesmo uma garrafinha de água. Tudo em P&B (preto e branco). Um dia desses ainda faço um curso de fotografia digital, mas por enquanto vou explorando o potencial da minha câmera (que é bem maior que o meu, hehe). Bater fotos é um hobby bastante divertido e faz você ter um olhar diferente sobre tudo. Se tiver oportunidade, experimente.

O cd que comentei acima e fez parte da trilha sonora deste post é "Moda de Rock - Viola Extrema", com Ricardo Vignini e Zé Helder. Imaginem clássicos do rock como "Kashmir" do Led Zeppelin, "Master of Puppets" do Metallica, "Kaiowas" do Sepultura, "Mr. Crowley" do Ozzy, "Aqualung" do Jethro Tull, entre outros. Agora imaginem eles apenas instrumentais e, detalhe, tocados com viola caipira. Isto mesmo, viola caipira. Uma mistura inusitada e muito agradável de se ouvir, eu recomendo. O cd que finaliza a trilha de hoje é "Empreitada Perigosa" do Matuto Moderno. Grupo formado pelos mesmos rapazes aí de cima e mais Marcelo "Jesus" Berzotti no baixo, Ricardo Berti na bateria, Mingo Jacob na percussão e Edson Fontes nos vocais. Este cd traz algumas pérolas do nosso cancioneiro popular como "Índia", "Caminheiro" e "Cabocla", com uma roupagem diferente e uma pegada mais rockeira em algumas faixas.

É isso. Visitem minha galeria de fotos no Flickr, comentem as fotos, comentem o blog, o compartilhem e fiquem em paz. Um abraço a todos.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Motivações, ansiedades e fazer o quê?

O que vocês teem feito da vida? Quais as novidades? Todas aquelas? Então, como vão vocês? Eu estou bem, obrigado. Estou, como sempre, há um bocado de tempo sem escrever. Vamos combinar assim: as postagens passam a ser trimestrais, assim estarei sempre no prazo e, eventualmente, poderão ocorrer postagens extras, ok? Eu sei, gostaria muito de escrever toda semana ou a cada quinze dias, mas não dá. Não consigo. Simples assim. Hoje por exemplo, não faço a mínima idéia do que escrever, mas me obriguei a escrever algo e quis começar com aquelas perguntas do início do texto.
Aqueles que lêem este blog, sabem que tenho feito várias coisas e por este motivo não quero falar de mim, mas de outros. Amigos, colegas de trabalho, família, vizinhos. Pessoas em todos os lugares estão vivendo suas vidas. Em função de quê? De quem? O que as motiva?
Aline, nome fictício (ou não), formada em Direito, dedica todas as suas horas "livres" à educação de seu filho e ao estudo para o exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Acredita que precisa urgentemente seguir seu sonho de trabalhar na área que escolheu e desta forma dar um "upgrade" na sua vida e assim ter mais tempo para seu filho. Lê (outra amiga) casa-se este ano. Suas atuais preocupações são os preparativos do casamento. Igreja, vestido, salão, festa, dívidas. Tudo deve ser perfeito... e será! Um casal bacana. Realmente combinam. Minha esposa meio que se contagiou com minha reeducação alimentar e começou a se cuidar também (ou foi isso ou o medo do maridão aqui ficar gatão, hehe).
E assim segue a vida. Meus vizinhos de apartamento se tornaram pais há quinze dias. Estão babões como todos podem imaginar. Primeiro filho. Miguel. Nome forte para uma criatura tão pequena. Mas aí olho para o Giancarlo, meu filho, que ontem mesmo era praticamente do mesmo tamanho e hoje está com cinco anos completos. O tempo voa e talvez seja por isto que as pessoas ficam ansiosas. Ansiosas por mudanças. Ansiosas por realizações. Ansiosas pela expectativa do que virá a seguir. Esta ansiedade, de certa forma, é benéfica para nós. Ela nos mantêm em estado de alerta para que nada nos pegue desprevenidos. Entretanto, estar o tempo todo em estado de alerta pode ser estafante, e é por esta razão que tantas síndromes, de origem psicológicas, estão aparecendo. O excesso de informações, esta "infoxicação", não nos dá tempo hábil de assimilar tudo. E aí estressamos, metemos o pé no balde, e se não temos algo que nos motiva a continuar tentando, caímos no ócio.
Por isto, volto a perguntar, o que vocês teem feito da vida? O que os motiva?

A trilha sonora de hoje  foram vários discos de blues. Motivado (a-hã!) pelo excelente show de ontem com o fantástico bluesman Flávio Guimarães, estou a algumas horas ouvindo meus cds (todos eles adquiridos nos diversos shows que o SESC Rio Preto me proporciona). Entre eles, destaque para o recente trabalho de Flávio Guimarães: Flávio Guimarães and friends. Com participações mais do que especiais de Rick Estrin and The Nightcats, Joe Filisco, Igor Prado Blues Band, Charlie Musselwhite, Steve Guyger entre outros. Indispensável.
Abraços a todos, e nos vemos por aí........................ Fui!